Nisto refiro-me a toda uma série de privatizações inconscientes que têm sido feitas pelo estado português.
Não quero passar uma imagem de extremista com semelhanças ideológicas comunistas, pois não é isso que acontece. A minha visão para privatizações de empresas públicas baseia-se em opiniões moderadas e fundamentadas tendo em conta uma posição interna estratégica de interesse nacional.
Sou a favor da privatização de empresas públicas como a EDP, PT, CP, TAP, etc. Agora não me convencem que empresas como a REN, REFER, ANA, IEP, entre outras, são possíveis de transferir para mãos de privados. Isso é privatizar o país.
Se um país não controla as suas infra-estruturas, estas estão nas mãos de privados que, como é óbvio, não se espera que as dirijam em nome do serviço público e da visão estratégica do país, mas sim na maximização de dividendos em prol dos seus accionistas (que é o que se pretende dos privados). As empresas públicas que detém as infra-estruturas nacionais devem tomar decisões conscientes tendo em conta a visão económica e social do país.
Por outro lado, torna-se óbvio que empresas prestadoras de serviços que utilizem essas mesmas infra-estruturas passem para o lado privado. Não tem sentido que haja uma EDP do estado, que usa as infra-estruturas do estado e com ligações directas ao mesmo e uma eventual Iberdrola que vai prestar o mesmo serviço. Isso penalizaria fortemente a concorrência entre empresas, sendo que esta beneficia o consumidor final e a competitividade da economia.
Mas atenção, o acto de constante fiscalização e regulação por parte do estado tem de estar presente, porque surge o perigo de formação de cartéis.
Há 8 anos