06 janeiro 2006

ACTUALIDADE - Energia

Tenho andado a reparar que, desde o início do ano, surgiram dois temas nas notícias que em muito são parecidos: a "crise" do vai não vai na EDP, e a crise "politico-energética" entre a Ucrânia e a Rússia. Ambos relacionados com a energia, mas em conteúdo diferentes.

Acerca do gás da Rússia, que felizmente se resolveu por bem, poderia escrever um enorme testamento, de que muitos se haveriam de queixar e acabariam por não o ler. Por isso deixo este tema para outro dia de maior inspiração.

Acerca do Conselho Superior da EDP pouco há a referir: ao comum do português isso não lhe diz muito. O principal problema na EDP é que parece que querem pôr lá no centro de decisão (Conselho Superior) uma representação do seu maior concorrente ibérico, a Iberdrola, accionista da EDP com 5 %. Quanto a "essa" Iberdrola, só queria dizer uma coisa, e cada um tira as suas ilações: o seu presidente executivo em Portugal é, nem mais nem menos, o ministro da economia que em 1998 tratou da entrada da mesma na eléctrica nacional, aquele que é o pai do famoso monstro - o Sr Pina Moura. Estranho, não é? E depois como é que querem uma classe de políticos credível, com esta promiscuidade entre política e interesses económicos?

Estas situações eram evitadas se determinados pseudo-políticos não olhassem para os seus bolsos e aspirações pessoais, nem aos favores de "circunstanciais" amigos, mas tomassem as suas decisões em prol do bem nacional.

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