14 outubro 2009

Um caso chamado Quimonda

A Revolta da Republica – S02E04

Um dia depois do final deste ciclo eleitoral, a multinacional Quimonda anuncia que irá despedir 590 trabalhadores.

Num artigo que publiquei em Setembro, apresentei a "desgraça" que é esta política de "salvar empregos" à governo Sócrates e que se tornou a bandeira da anterior legislatura na questão do desemprego. E tal como referi, a actuação não foi estrutural, mas sim pontual, adiando assim um desfecho previsível. A política de acção governativa terá de ser através de reformas no tecido empresarial português, nem que se tenha de quebrar com as tradicionais áreas de investimento em Portugal.

A modernização de um país não passa somente por realizar obras públicas estruturais, em acessibilidades e infraestruturas. Portugal tem de adaptar a sua economia ao novo paradigma económico mundial. E para isso terão de ser abertos incentivos estatais e oportunidades de negócio em novas áreas, sejam elas de base tecnológica, turística, serviços ou outros.

Cabe ao estado promover esse desenvolvimento, ter a visão do que é preciso fortalecer para que o investimento seja competitivo.

Agora é muita coincidência que o anúncio desse despedimento massivo tenha chegado um dia depois das eleições, facto que seria prejudicial às diversas campanhas do partido do governo. Terão os incentivos do estado servido para alguma coisa? Não existem almoços de borla...

Sem comentários: